
O DETOUR está de volta com uma novidade: uma sessão tripla. Tentamos deixar o debate um pouco mais dinâmico, como pedia a nossa pauta. Além deste tema já evidente, dos autores que se colocam em cena como personagens ativos das suas ficções e atormentados pelas suas próprias criações e o mundo das imagens/fábulas do horror, é também uma oportunidade para homenagear o José Mojica Marins, uma divida nossa desde fevereiro, por ocasião do seu falecimento.
O EXORCISMO NEGRO (1974) é o longa de produção mais robusta de Mojica, explicamos um pouco sobre os porquês, mas não se engane: é tão essencial e radical quanto qualquer outra obra deste gênio. Mas não bastava um gênio, trouxemos três. Lucio Fulci e seu A CAT IN THE BRAIN (1990), apresenta um radicalismo de outra ordem: o choque (e a beleza) das imagens concretas. O gore e a decomposição de cadáveres num ensaio único e para poucos. Pra fechar a sessão tripla: o NOVO PESADELO, de Wes Craven, o derradeiro episódio da franquia A HORA DO PESADELO. O jogo proposto por Craven antecipa muitas questões que o cinema moderno não para de remoer, colocando como aquilo que aterroriza os criadores – aqui não apenas o cineasta, mas também os atores e produtores, a indústria do cinema americano – toda a sorte do contar de histórias do horror. A fábula é a salvação, mas por isso mesmo, também a danação dos seus criadores.
Eis o nosso índice:
1′ – Apresentação, homenagem a Daria Nicolodi, recomendando Sem Seu Sangue no Netflix
04’06 – Exorcismo Negro, contextualizando a carreira de Mojica em 1974, Mojica contra Zé, as suas questões de fé
28’14 – A Cat in the Brain, Fulci e o pesadelo do ruir da indústria italiana, radicalismo godardiano e a expressão mais perfeita da decomposição biológica
58’16 – Novo Pesadelo, as imagens do horror que nos assombram, Craven quer a fábula como o último recurso contra a abjeção do mal, mundo dos sonhos na cidade dos sonhos
91’24 – Curto-circuito dos filmes em conjunto: mitos, imagens, fábulas que aterrorizam o criador, as participações de Francis Vogner dos Reis e João Pedro Faro, existiria limite pras imagens possíveis?, Mojica como nosso autor decisivo
153’53 –Nosso time elege o seu Top 5 do Mojica e agradecimentos
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Conteúdo adicional:
Artigo do Francis sobre Mojica e o Exorcismo Negro republicado
Artigo do Filipe para o blog: Mojica e a ruptura da realidade
Artigo do João Pedro para a Contrabando sobre Finis Hominis
Crítica do Filipe sobre The Beyond na Contracampo 41
Crítica do Fernando Toste Veríssimo sobre A Cat in the Brain na Contracampo 41
Comentário do Filipe sobre Pânico 4 no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre Pânico 3 no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre Pânico no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre Pavor na Cidade dos Zumbis no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre A Casa do Cemitério no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre Beatrice Cenci no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre Murder-rock no Letterboxd
Comentário do Filipe sobre The Devil’s Honey no Letterboxd
Comentário do FIlipe sobre The House of Clocks no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre The Psychic no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre Summer of Fear no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre Invitation to Hell no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre Os Quatro do Apocalipse no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre Shocker no Letterboxd
Comentário do Guilherme sobre Deadly Friend no Letterboxd
Lista do Guilherme com os filmes do Mojica